Acadêmico: Maria de Lourdes Sousa Maciel - (Malude)
Maria de Lourdes Sousa Maciel - (Malude)
Meus pais (Isabel e José Victor) colocaram o nome de Maria de Lourdes na primeira filha porque ela nasceu no ano santo de 1950 (dedicado à virgem mãe de Jesus). Mamãe não queria apelidos e forçava meus irmãos a me chamarem pelo nome completo, apesar de que depois, meus amigos sempre utilizavam o cognome Lourdinha e o namorado adotou a alcunha de apenas LOURDES até hoje porque tem uma irmã com o mesmo nome; porém, em casa, adotaram o MALUDE que era mais fácil. E assim ficou, assino meus trabalhos e até existe a Creche do Lions Clube de Caruaru com o meu nome: CRECHE TIA MALUDE; mas essa é outra história.
O maior benefício que papai fez foi me matricular no Colégio Sagrado Coração, onde estudei com auxílio de bolsa de estudo, do curso de admissão até a formatura no pedagógico. Ali, tive a minha formação completa e foi também lá que desenvolvi meu gosto pela leitura e escrita.
Na época havia uma professora de Português por nome de Socorro Menezes que incentivava a turma a fazer boas redações e quem melhor executasse tal tarefa, transcrevia seu trabalho para um chamado: “Livro de Ouro” pertencente à mestra. Todos os meses eu era escolhida.
Depois do pedagógico lecionei algum tempo e estudei Direito na FADICA, hoje ASCES onde terminei o curso depois de casada com Marco Antônio Maciel Santos, meu único namorado, marido e pai dos meus três filhos: Marquinho, Marcel e Marconi.
Mesmo antes de casar passei no concurso público do INSS e trabalhei por dez anos na repartição, tanto aqui em Caruaru, como no Recife, porém abdiquei da profissão em favor da família, porque não conseguia conciliar as duas funções e ainda acho que a presença da mãe na formação das crianças é fundamental ao equilíbrio físico e emocional na primeira fase do crescimento infantil. Meu interesse pelas letras vem desde a mais tenra idade, tanto que fui escolhida oradora da turma dos “Doutores do ABC” no Grupo Escolar Professor Vicente Monteiro. Digo que tive a sorte de ser orientada por excelentes professoras e isso muito me direcionou ao meu trabalho com textos, poemas, artigos, livros, trovas e boas leituras. Não posso deixar de citar a primeira professora: Severina Rodrigues, a depois famosa Babu, pelas mãos da qual passaram gerações inteiras alfabetizadas nesta cidade. Todo o meu curso primário ficou aos cuidados de D. Maria Eunice Férrer (Teixeira depois de casada) Bons professores são responsáveis pelos caminhos e resultados benéficos do alunado, sem dúvida. Acho que essa foi a minha trajetória, pois logo cedo comecei a escrever para jornais e revistas locais ou não; onde encontrei uma chance de publicação, sempre estive presente. Jornais: A Defesa, Vanguarda,
Jornal de Caruaru, Jornal Extra, Vida Rural, Terra da Gente (Surubim), Diário de PE. Revistas: Caruaru Hoje, Moda & Negócios, etc.
Creio serem dons que Deus nos dá para enaltecer nossas vidas, pois cada pessoa tem uma dádiva divina que alegra seus dias; executar bem uma atividade nos dá ânimo de prosseguir vivendo e sentimo-nos felizes com realizações que beneficiam o próximo de alguma forma. Elogios, aplausos e incentivos sempre fazem bem à alma e provocam a vontade de melhorar diariamente. Deus seja louvado!
Pronto, é isso. Sou apenas uma “eterna aprendiz”, como diz a música de Gonzaguinha; Vou vivendo, já no
outono da existência e me sinto bem quando recebo inspiração e faço meu melhor, dedicando com amor
ao meu público fiel. Quero deixar um registro da singeleza das matérias editadas para quem me prestigia e para as novas
gerações; é um legado para a minha descendência, pois muita coisa se perde com tempo. O tempo é implacável com tudo e com todos.
Carinhosamente:
MALUDE MACIEL Caruaru, 8 de fevereiro,2023.
Patrono: Luzia Belmira Monteiro e Azevedo - (Professora Sinhazinha)
Cadeira 15